Máquina de asfaltar água

Vazamento no asfalto novo

Os leitores do viletim começam a ficar de saco cheio com a insistência na temática asfalto novo e vazamento de água. Mas tem coisa que foge do limite lógico e exige registro. É o caso da rua do Rosário, na altura do número 150, que tem vazamento de água potável sobre o asfalto novo, asfalto colocado há menos de 15 dias. Provavelmente o vazamento foi produzido pelas máquinas que prepararam o local para ser asfaltado. Agora está lá, desde o dia 3 de junho, um vazamento que precisa ser consertado e nenhuma equipe do Semae apareceu ainda. Parece absurdo, mas é pura verdade. Ali bem próximo, na calçada, já havia um vazamento, que a equipe do Semae teve dificuldade para resolver. As máquinas apenas evidenciaram a fragilidade da tubulação subterrânea que abastece o local. Como o Semae tem dito, está tudo podre.

Vazamento asfaltado

Temos informações também de que o asfaltamento muitas vezes ignora o vazamento. Ou seja, a empresa do recape asfalta sobre o vazamento, sem o consertar. Não é absurdo. É verdade. Como se a água fosse permanecer escondida sob a placa de piche, sem se manifestar. Até que aflora. Mas aí, a empresa do recape já ganhou o seu e se mandou. O abacaxi sobra para o Semae e o custo vai para o bolso da população, que observa consternada a situação e não acredita. Não adianta fazer qualquer reclamação SIP 156, porque o serviço não funciona para este fim. Onde aconteceu isso? Na rua Riachuelo, na altura do 1604.

Parque da Rua do Porto 1

Quem frequenta o parque da Rua do Porto pela manhã consegue ver o trabalho de varrição nas proximidades do rio Piracicaba. As mulheres em grupos se empenham para separar o que é folha e galho das árvores do lixo jogado pelos turistas. Mas predominam materiais descartáveis e a evidência de uma cultura doente, que se supera a cada dia em sua relação mórbida com a natureza, o que torna a rotina das profissionais da limpeza a reprise de uma mesma cena em cada dia de trabalho. “É todo dia igual. Parece até que eles não sabem o que é lata de lixo. Se cada um colaborasse, a realidade seria muito melhor”, disse uma varredora ao repórter do viletim.com.br.

Parque da Rua do Porto 2

A falta de cultura para a limpeza é a mesma falta de cultura para a preservação ambiental. Qualquer vento é suficiente para levar toda a sujeira jogada nas calçadas e ruas ao rio, que já sofre de excesso de lixo em seu leito, oriundo de toda a cidade. A maioria das bocas de lobo da Rua do Porto está carregada de lixo. A grade que a protege impede que o local seja limpo. Luis Bonassi, criador do Recanto dos Pássaros, disse que está enfrentando uma situação difícil para manter em pé as plantas da entrada da rua Alidor Pecorari. “Porque ali é usado como estacionamento e as pessoas colocam os carros sobre o canteiro e não querem saber de nada. Derrubam tudo o que vêm à frente. Todo o nosso trabalho para manter o canteiro bonito se perde”, disse. E como se resolve um problema que é de falta de cultura?

Parque da Rua do Porto 3

Talvez seja necessário um trabalho mais incisivo da prefeitura e dos comerciantes para que a Rua do Porto se torne um local limpo. Lixeiras temáticas, apropriadas; cartazes inteligentes chamando a atenção dos usuários sobre o que eles estão fazendo. Na terra do humor, um pouco de criatividade para tratar do tema talvez ajude. Para isso, são necessárias cabeças pensantes que proponham soluções. O público que frequenta o local é eclético e difícil de ser abordado por uma só ótica. Talvez haja uma solução, que não seja apenas lamentar o destino cruel do parque, que é muito bonito, mas muito maltratado. Quem o frequenta de manhãzinha sabe disso.

Colaborou Fernando Vieira – Repórter em Ação