Julho 4, 2024

‘Me diz que me ama’: Acompanhe a entrevista com a autora da obra, Denise de Barros Barbone

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Mulheres tão fortes que destroem. Este poderia ser a síntese do livro “Só diz que me ama”, de Denise de Barros de Camargo Barbone, que será lançado nesta sexta-feira (7), na pizzaria Bela Capri, apenas para a imprensa e convidados.

Denise deu uma entrevista para o site viletim.com.br, com alguns spoilers sobre a obra. Ela, que é tetraneta de Prudente de Mores, o primeiro presidente civil do Brasil, sempre teve um problema muito grande para se reconhecer e compreender o que se passava consigo.

Sofreu vários traumas que aprofundaram suas características emocionais, sendo um deles o mais duro, logo aos nove anos de idade, quando seus pais se separaram. Somente na fase adula percebeu que precisava definitivamente procurar ajuda de um profissional para tentar enfrentar suas aflições.

Com a ajuda de psicólogas, foi aos poucos colocando os pés no chão e descobriu no histórico familiar muitos exemplos de mulheres fortes com patologias da mesma ordem, que foram obrigadas a se reinventar para assumir responsabilidades que estavam acima de suas expectativas. Eram esposas de figuras ilustres, da política e do mundo dos negócios, enfim.

Mulheres que, ao assumirem a dianteira do processo administrativo da família e das funções sociais dos maridos, acabaram deixando a própria família em um segundo plano. Com isso, o diálogo de mãe para filha, por exemplo, desapareceu, em uma vida turbulenta, repleta de problemas de “ordem maior”.

 “Ao olhar para o passado, entendi que todo o amor que a minha mãe não me deu, por exemplo, não foi porque ela não me amava, mas porque ela não conseguia trabalhar suas próprias emoções, inclusive o conceito de amor para ela praticamente não existia, porque ela precisava ser forte, ser dura, para dar conta de suas responsabilidades. Ela estava preocupada em nos dar segurança, uma boa escola e tudo o que a gente precisasse, mas faltou o resto, de caráter subjetivo. O resto que me fazia muita falta”, disse ela na conversa com o jornalista Romualdo Cruz Filho.

Ela dialoga com Prudente de Moraes e recupera momentos importantes da história e das dificuldades do grande homem público para enfrentar problemas complexos, que exigiam dele uma postura dura e fria, o que ele não era, mas acabou se tornando. Em todos os momentos, sua posição é de uma menina de 9 anos, exatamente a idade em que seus pais se separaram.

Em síntese, a obra de Denise, apesar de ser considerada de autoajuda, não é um trabalho fútil, mas fruto de uma pesquisa séria, baseada em referências da psicologia, para tentar se superar. Questionada se toda a terapêutica lhe foi eficaz, ela garante ter se tornado uma mulher bem melhor para os outros e para si mesma. A entrevista vai ao ar às 18 horas de hoje (6).

Romualdo Cruz Filho

Jornalista e, à moda antiga, leitor de livros de papel

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