O governo e a dialética da insensatez

Comunidades 1

Questionado sobre o que fará para atender os moradores das comunidades Renascer, Vitória, Esperança, entre outras, o pré-candidato a prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB), afirmou, em entrevista ao site viletim, que vai resolver o problema das moradias irregulares e usou como exemplo o que fez em gestões anteriores. Aproveitou a oportunidade para alfinetar Luciano Almeida (PP) que, segundo ele, durante a campanha eleitoral anterior, visitou as comunidades, denegriu sua imagem e não fez absolutamente nada do que prometeu.

Comunidades 2

Barjas explicou que não é fácil resolver o problema, mas não é impossível. Basta apenas determinação, o que faltou na atual gestão. O ex-prefeito, em ritmo de campanha, disse que o atual governo deveria ler o Plano Nacional de Saneamento, que estabelece metas de saneamento a serem alcançadas até 2033. “Urbanizar as favelas é cumprir a lei e não descumprir a lei”, enfatizou. E colocou mais um rótulo no governo atual: “Falta sensibilidade social”. Assista à entrevista na íntegra aqui.

Sem operação tampão

O governo municipal ainda não escolheu um substituto para Alex Salvaia, ex-secretário do Meio Ambiente de Piracicaba. Com a gestão em seu estertor, quem seria o louco de assumir tal posto? Salvaia foi exonerado em maio, período em que circulou na imprensa sua condenação em um processo judicial por emissão de notas frias para empresas de transportes. A assessoria de comunicação da prefeitura disse: “Assim que definido, vamos divulgar release sobre o nome do novo secretário à imprensa.”

Sem operação tampão 2

A pasta de Saúde está vazia desde ontem (4). O médico Augusto Muzilli pediu exoneração para cuidar de questões pessoais. Curioso é o fato de ele ter sido secretário adjunto de Filemon Mariano, que foi substituído por Douglas Koga, e voltou para comandar a pasta. De repente, tem questões pessoais para cuidar seis meses antes do final do mandato. Por isso, a especulação de que talvez ele tenha saído dentro do processo legal para ser vice de Luciano Almeida, que concorrerá à reeleição.

Descontinuidade

O fato é que o governo Luciano Almeida foi um carrossel de nomes para as secretarias. Talvez tenha sido o governo que mais trocou de secretários em toda a história de Piracicaba. Os motivos não são nada louváveis. O pior, a troca se deu em pastas-chaves, como Educação, Saúde, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, chefia de gabinete etc. São trocas que geram descontinuidade nos trabalhos e aprofundam as dificuldades de gestão. Somado a isso, houve o fator falta de experiência da equipe. É fácil entender o porquê das coisas não andarem. Para tentar salvar a lavoura, o último recurso foi chamar a equipe do piche e asfaltar até rua que não precisa.

Dialética da insensatez

A cobrança vem da periferia. Será que os bairros terão o mesmo tratamento da área central ou os buracos da periferia da cidade têm menos valor? Em termos de voto, a melhor estratégia seria o caminho contrário. Começar dos bairros em direção ao centro. Mas, como a lógica surtou, podemos dizer que Luciano Almeida está privilegiando um eleitorado que já se decidiu a não votar nele. É a dialética da insensatez.

Para não dizer que não se falou das flores

O Três Linhas de hoje estava fechando (18 horas) quando chegou o release da prefeitura, como segue: “Continuando com as obras de recapeamento asfáltico em Piracicaba, a Prefeitura de Piracicaba executa os serviços nos bairros Nova Piracicaba, Nossa Senhora de Fátima e Vila Industrial. Por conta das obras, há interdições totais em alguns trechos das ruas das Canoas, dos Monjolos, Engenheiros de Piracicaba, das Margaridas; Jules Rimet; e Antonio Reinaldo Zanin.” Isso faz muito sentido, senão não haverá votos, mesmo com 250 quilômetros a percorrer.

UPA movimentada

A partir da semana que vem, o Tiro de Guerra vai se tornar uma espécie de UPA para síndromes respiratórias e dengue. A nova unidade vai funcionar das 7h às 18h, todos os dias. No inverno, a tendência é aumentar os casos de gripe e o governo municipal encontrou essa alternativa para ampliar o serviço de atendimento à população. Deslocar os problemas respiratórios para apenas um local é uma forma também de tentar reduzir a transmissão cruzada da doença. Enquanto isso, a UPA do Pisca está lotada. Hoje à tarde muitas pessoas aguardavam serenamente por atendimento médico. (foto acima)

Colaborou Fernando Vieira – Repórter em Ação