Estudantes de escola pública de Piracicaba conquistam 2º lugar no Prêmio Nacional Liga STEAM
Alunos do 6º ano vivenciam mudanças climáticas e aplicam a Internet das Coisas (IoT) para produzir hortaliças em espaço reduzido
Entrega do Prêmio Nacional Liga STEAM na categoria Ensino Fundamental - Anos Finai
O uso da Internet das Coisas (IoT) para monitorar o clima e otimizar a produção de alimentos em áreas urbanas pouco aproveitadas foi tema do projeto realizado por alunos do 6º ano da Escola Estadual Professor Elias de Mello Ayres, de Piracicaba, que conquistou o 2º lugar no Prêmio Nacional Liga STEAM, na categoria Ensino Fundamental – Anos Finais. Desdobramento do Conexões STEAM, patrocinado pelo Instituto EP, o projeto promoveu uma aprendizagem prática e interdisciplinar aos estudantes por meio da abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática). O prêmio foi entregue durante evento nesta terça-feira, dia 10, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
Grupos com 30 crianças com idade média de 11 anos implantaram uma horta na área externa da escola, numa calçada de 12 metros de comprimento e 2 metros de largura. O objetivo principal do projeto era permitir aos alunos que vivenciassem as mudanças climáticas, entendendo os desafios de produzir alimentos e como as intempéries afetam a produção agrícola.
“Os estudantes buscaram encontrar respostas aos desafios existentes, por meio da aprendizagem direta da matemática, ciências e geografia, em equipamentos de alta tecnologia no laboratório de informática da escola, e com informações climáticas reais. Eles fizeram cálculos, analisaram o espaço existente para a horta, montaram planilhas, documentaram o processo e aprenderam sobre a construção de um site, o uso do Google Maps e do Tinkercard – plataforma para desenvolvimento de projetos em 3D. E ainda pesquisaram sobre as plantas, material de reuso e montaram vasos em baldes”, explica Fábio Henrique Cogo, um dos professores envolvidos no projeto.
Segundo ele, a aprendizagem acontece quando as crianças passam a ter experiências diversas durante o processo. Além disso, elas entendem que é possível produzir hortaliças e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) em áreas reduzidas por meio de uma agricultura urbana mais eficiente e sustentável.