GCM perdeu mais de 100 integrantes desde 2017 e nenhum foi reposto
O próprio comandante Nunes afirmou que de 2017 até fevereiro deste ano a corporação perdeu exatos 89 integrantes
O intenso debate em relação à Guarda Civil Municipal durante a campanha eleitoral para prefeito de Piracicaba está diretamente relacionado ao contexto de enfraquecimento da corporação, que já perdeu mais de 100 profissionais de segurança pública na última década, sem que haja qualquer perspectiva de recomposição do seu quadro.
Em requerimento ao vereador Laércio Trevisan (PL), o comandante Sidney Miguel da Silva Nunes afirmou que em 2021 a GCM era composta por 400 efetivos. Número que caiu para 368 em fevereiro deste ano. Como a sangria não foi interrompida, as últimas informações do vereador é de que hoje a corporação tenha em torno de 344 profissionais, frente a 457 existentes em 2017.
O próprio comandante Nunes afirmou que de 2017 até fevereiro deste ano a GCM havia perdido exatos 89 integrantes do seu quadro. A redução tem se dado por motivos diversos: aposentadoria, exoneração, óbitos, entre outros. A falta de profissionais é um dos motivos das reclamações constantes pela precariedade das rondas em regiões como o Parque da Rua do Porto, por exemplo.
Segundo o vereador Trevisan, que acompanha de perto esta realidade, os veículos de patrulhamento para atender toda a cidade e a zona rural também são limitados. A corporação afirmou haver apenas “duas viaturas lotadas em cada região de Piracicaba, ou seja, 2 viaturas na região Norte, 2 viaturas na região Sul, 2 viaturas na região Leste, 2 viaturas na região Oeste, 1 viatura da Patrulha Maria da Penha, 1 viatura de ROMU e 2 viaturas específicas para zona Rural.”
Para Trevisan, a GCM está em processo de sucateamento. “Nenhum veículo novo foi comprado pelo atual governo. Luciano Almeida apenas alugou estes em funcionamento no final do seu mandato. Quanto às viaturas para ronda rural, elas existem graças a duas emendas minha no orçamento municipal e uma junto ao governo do estado. Os veículos que cumpriam essa função estavam com mais de 10 anos de uso e imprestáveis. Até mesmo o estatuto da guarda, tão badalado, está na fila de espera para ser aprofundado e aprovado, o que infelizmente não aconteceu neste governo que se encerra”, conclui.