Guerra mais cara que conquistar a lua
Trump tenta fazer com que Putin olhe para cima e isso provoque uma nova guerra espacial
Agora é assim. Sem dar conta da guerra da Rússia contra a Ucrânia, Trump se comprometeu também em não dar conta das relações comerciais com a China. Porém, de compra e venda de mercadorias o presidente laranja parece entender um pouco mais. Como a solução do impasse tarifário depende apenas dele, talvez seja mais fácil resolver o problema.
Eu crio um problema que só eu resolvo e resolvo. Parece grande coisa, mas é apenas destempero de um homem vaidoso e com o ego na lua, incapaz de perceber o ridículo da situação e o custo de sua vaidade. E por falar da lua, Elon Musk será o Victor, do Meu Malvado Favorito 1, e roubará a lua para Trump. Junto, vão brincar de marcianos.
O fato é que o mundo já se vê diante de dois marcianos. Na verdade, é um governo de marcianos. Podemos dizer que são pessoas sensacionais, de outro mundo. Vamos errar por pouco. Mas a pergunta que não quer calar: No que deu a negociação dos EUA com a Rússia em relação à Ucrânia? Putin é um homem de poucas fantasias. O negócio dele é território. Vive em um tempo em que só existe ou pode existir o que lhe pertence.
A Ucrânia não pode existir, porque não lhe pertence. Logo o alvo de Putin será toda a Europa. É o seu desejo. Mas é da Europa que se espera algo parecido com visão de realidade. Não a realidade chinesa, em que todos os trabalhadores vivem de joelho para o Estado, mas do povo que sabe o que é liberdade e leva isso a sério.
A Europa precisa continuar seus negócios com os EUA e já apresenta alternativas à taxação de produtos do Tio Sam que vão para lá. Propôs zerar as taxas de ambos os lados, ou a chegar a um ponto de equilíbrio, bom para todos. Talvez isso sirva de exemplo para outros países. Até para a China. Mas o bom senso está em baixa nos dias atuais.
Fato é que a Rússia está de olho na terra e não na lua. Talvez a estratégia de Trump seja fazer Putin olhar para o alto e provocar uma nova guerra espacial, pela posse do satélite. Seria sua estratégia para que o formiga atômica (Putin) deixe a Ucrânia para um segundo plano. Putin não quer ser Gru, por enquanto. Pouco importa.
Evidente que a estratégia de Trump não vai colar, mas pode ser divertida para quem está no mundo apenas para saber se Vector ou Gru vence a batalha. Certo mesmo é que Trump está de olho na bilheteria desse filme eletrizante. Mas a guerra comercial que ele está provocando pode lhe custar mais caro que a lua.