Fim do ano: quando vai acabando o assunto do cronista, junto com a segunda parcela do 13.o salário. Minto, o 13.o salário termina bem antes.
É o mês onde colunistas, crônicas e notícias ficam mais chatos. Jornalistas cobrem as férias do presidente, recesso no poder legislativo. Fazem balanços do ano que passou. Ainda por agora, falam das últimas notícias do Congresso Nacional, votações no apagar das luzes. É o mês das retrospectivas.
O colunista e o cronista também falam do ano que passou, já que o conhecem bem, mas não acrescentam nada de novo, já que falam do ano velho. Enchem linguiça, e se são bons escritores, enchem linguiça com estilo. Mas não deixa de ser linguiça.
Aliás, linguiça é uma das opções para a ceia de Natal, no lugar do peru. Quem insiste no peru, tem a opção de comprá-lo em suaves prestações, no crediário.
Quem aí gostaria de entrar no consórcio do peru? Se for sorteado, você pode fazer sua Ceia de Natal em abril, maio ou no mês do sorteio.
Já é possível dividir o azeite de oliva no boleto. Está mais caro temperar a salada do que tomar um vinho. Na dúvida, tempere sua alface com Chapinha ou Góes.
Salada que nem precisa de vinagre ou aceto balsâmico, pois de azedo já basta o custo de vida.
E nem uma só pitada de sal, hein! Nada de subir a pressão, bastam os preços, salgados o suficiente.
Para quem não quer encher linguiça na ceia de Natal, dá para trocar o peru por um pedaço de pernil, um lombo ou mesmo um frangão. Em época de Festas e gastos, vale a máxima de Fernando Pessoa Física: “Tudo vale a pena se tem limite no cartão”.
Para quem está com o nome no SPC: garanta a sua proteína, antecipe a Páscoa e coma ovo.
Se for trocar o peru da ceia pelo pernil, note que ele é igualzinho ao que você compra durante o ano, só um tanto mais caro por estar embrulhado numa embalagem com decoração de Natal. Como se você comesse uma árvore de Natal de plástico fazendo de conta que é um pinheiro de verdade. Não, peraí...
Falando em picanha: pedi uma de presente para o Papai Noel. Quem sabe eu ganho de Natal. Porque. se for esperar do Lula...
Aliás, o Lula, hein? Escorregou feio no banheiro e recebeu uns pontos na cabeça. Só assim para aumentar os pontos, porque na aprovação popular os pontos só diminuem.
Agora, tendo que fazer cirurgia, por conta da dor de cabeça. É sempre assim, políticos dão uma escorregada e causam dores de cabeça.
Lula fez uma trepanação, cirurgia necessária para aliviar a pressão da cabeça. É, a pressão anda subindo muito, junto com o dólar.
Se não fosse o Haddad, o nome da dor de cabeça do presidente, ele não teria que aliviar a pressão. Pena que no Brasil não dá para fazer uma trepanação.
Além da dor de cabeça, o Haddad encheu o saco do Lula, e por isso, o Papai Noel não vai encher o nosso saco.
Faz tempo que no Brasil, Papai Noel não enche o saco. Noel, só de bola murcha.
E neste ano, hein, transportadoras e correios nem vão ter sobrecarga com entregas, pois sem dinheiro, sem compras, e sem compras, nada de entregas.
Resolvido então o problema dos Correios! É só não mandar nada que a logística funciona que é uma beleza.
Se as outras áreas e serviços prestados pelo governo tiverem a mesma ideia, basta não ficar doente para não sobrecarregar o SUS, não ser assaltado nem morrer assassinado para não lotar cadeias nem sobrecarregar os tribunais, e não ter emprego para não lotar de processos a Justiça de Trabalho.
Aliás, se cada brasileiro que tem uma conta no X abrir mão de sua conta, todos os nossos problemas nacionais, que de acordo com a Janja se resumem a Elon Musk, estarão resolvidos.
Esboço de poeminha.
Cabeça vazia, oficina do diabo.
Cabeça de oficina, diabo vazio.
Cabeça do diabo, oficina vazia.