Mais uma bomba para o novo prefeito
Mas que pode ser desativada, com um pouco de estratégia, sensibilidade e ação rápida
Renascer 1
O prefeito eleito, Helinho Zanatta (PSD), assume em janeiro e já terá uma série de questões emergenciais para resolver. Além do Semae e da Saúde, parece que começa a ganhar dimensão de problema grave a crise da Comunidade Renascer.
Renascer 2
Os advogados da comunidade conseguiram suspender por liminar o processo de reintegração de posse em andamento e as famílias ganharam mais um tempo para respirar. Mas a ação dos proprietários dos imóveis precisa ter um fim.
Renascer 3
Tudo indica que a solução será a reintegração de posse, se não houver um acordo de venda das propriedades em condições tais que a comunidade possa pagar pelo imóvel. Tal acordo exigirá, sem dúvida, o apoio da prefeitura, porque, do contrário, o choque social, com as desapropriações, será muito mais intenso e negativo.
Renascer 4
Há, portanto, um espaço para o trabalho social da prefeitura junto à comunidade, para registrar cada família (600 pessoas ao todo, se diz só na Renascer), certificar-se das condições reais de cada uma delas, enfim. Para se ter uma solução segura para o problema, que garanta o direito à propriedade privada e, ao mesmo tempo, a dignidade dos integrantes da comunidade, que precisam ingressar urgentemente em algum programa público de moradia popular.
Renascer 5
Por isso, a prefeitura precisa acompanhar o caso de perto, para não ter a bomba explodindo no colo do novo prefeito quando menos se esperar. Essa e outras comunidades foram um dos fatores de sangria de votos em Luciano Almeida. A comunidade se sentiu traída e não só não votou em LA como fez campanha contra.