MITOS DESVENDADOS (01)
03 mitos sobre o pintor Almeida Júnior, o pintor dos caipiras, assassinado em Piracicaba (e 01 fato que você não sabia!)
Três mitos e uma verdade sobre a vida do artista paulista que desperta grandes paixões.
Autorretrato de Almeida Júnior. 1878. Óleo sobre tela. Pinacoteca Ruben Berta, Porto Alegre/RS.
1o MITO DESVENDADO: Sua prima Maria Laura não era o “grande amor” de sua vida
José e Maria Laura eram primos e namoraram até que ele foi para a Europa estudar. O pai dela não permitiu o casamento e forçou-a a casar-se com outro homem. José e Maria Laura tornaram-se amantes. O marido de Maria Laura descobriu tudo e sem compreender o amor que os unia, assassinou José na frente de toda a família.
Várias afirmações do parágrafo acima não são verdadeiras.
“A Noiva”, de 1886, pintado pelo artista. Este quadro NÃO é um retrato de Maria Laura do Amaral Gurgel. Mas quando foi feito o inventário dos quadros presentes no ateliê do pintor, depois de seu assassinato, foi vendido como se fosse, e ajudou na formação do mito.
O mito do romance de José Ferraz de Almeida Júnior com Maria Laura do Amaral Gurgel foi construído pelo primeiro biógrafo do artista, Gastão Pereira da Silva, no livro Almeida Junior: sua vida e sua obra, de 1946 – e que é usado até hoje por desavisados como referência, embora esteja repleto de erros, histórias falsas e interpretações equivocadas.
O que o biógrafo não conseguiu (ou não quis) apurar ele inventou, fantasiou. E esta versão até hoje é divulgada, caiu no gosto do povo porque é a mais “romântica”. Mas não é a verdadeira.