Um fenômeno
Luciano Almeida tem se demonstrado um habilidoso Mandrake no final do seu governo. Vende seus estudos como se fossem projetos, vende seus projetos como se fossem ações e vende suas ações como se fossem a revelação dos deuses. Um uniforme escolar torna-se a cereja do bolo em sua concepção de educação pública. Livros didáticos se tornam a própria qualidade da educação. Capacitação de professores fecha a lógica e o milagre está feito. Nem é preciso discutir a qualidade da formação das crianças em si e os resultados reais. As aparências dizem tudo.
Doralice
No Semae, quem está prejudicando o sistema de abastecimento é a lógica perversa do Gaema e da Cetesb, que passaram a exigir estação e tratamento de lodo na ETA Luiz de Queiroz. Onde já se viu isso, exigir que o rio Piracicaba não seja mais ambiente de descarte natural do lodo gerado no processo de tratamento da água? Foi assim a vida toda, por que essa mudança de rota repentina, depois de 70 anos? Não existe falta de planejamento no governo municipal, muito menos visão de futuro. Longe disso! Pois é, a crise climática está aí. A realidade ambiental mudou, só a Doralice que não viu. (leia com senso de ridículo e muito humor)
No ralo
Emenda Parlamentar (EP) tornou-se sinônimo de negociata na gestão pública (Leia aqui). Os partidos do Centrão são exímios no cálculo do limite da pressão até vencer a parada e obter sua parte em dinheiro, ou melhor, em EPs. O governo Lula adora viver nesse jogo de brincar de poder jogando dinheiro público no ralo, ou melhor, nas EPs.
Função do eleito
Como os municípios raciocinam sobre a importância de ter em Brasília um deputado federal? Que ele seria capaz de trazer dinheiro novo para a região que o elegeu via EPs. Ou seja, ele seria o caixeiro viajante, o homem do dinheiro, mais do que um representante da sociedade para se pensar caminhos para qualificar a gestão pública nacional.
Que língua é essa?
Nas campanhas municipais ficou clara essa visão distorcida, até mesmo para veteranos da política. Um instrumento vil para a sociedade, como a EP, ganhou status de solução para problemas sociais na boca de candidatos a prefeito. Mas, no fundo, as EPs só pioram o cenário socioeconômico, porque distorcem a realidade e beneficiam apenas os partidos, as regiões e os políticos que estão bem posicionadas no xadrez do Congresso Nacional, onde se fala a língua do mais forte.
Centrão, claro
E como falar a língua do mais forte? Estando no partido que vê como natural toda essa distorção. Por isso que os partidos do Centrão e o partido do governo têm crescido em todo o país, porque eles são formados por essa visão de caixeiros viajantes, barganhadores de MPs. As MPs fizeram da política um ambiente para profissionais em negociatas. Até mesmo cidades inexpressivas do Brasil, com um deputado federal eleito pela região, é capaz de trazer fortunas para a cidade. A grana toda é transformada em ações públicas artificiais e o dinheiro desaparece. Uma maravilha para quem é do ramo.