Se o problema é água, vamos nos banhar na gargalhada
O motivo desta postagem é o parque aquático municipal, que foi reformado sem ser reformado
Encher a piscina de ratos não seria uma boa piada
Se rir é o melhor remédio, vamos iniciar este Três Linhas com a observação de um leitor do Viletim sobre Luciano Almeida. “O ex-prefeito, definitivamente, não se dá bem com água”. O observador atento elencou os motivos que dão sustentação à sua frase: 1. Semae - falta d'água; 2. Píer - 15 dias de funcionamento; 3. Parque aquático, interditado. Para dar um acabamento em seu senso de humor, perguntou se não houve também algum problema no Museu da Água.
Para quem não está acompanhando o noticiário, vale lembrar que LA encerrou o seu mandato com a cidade à beira de um colapso por falta de água nas torneiras. Problema, por sinal, que perdura. O píer instalado na Rua do Porto foi inaugurado no dia 14 de dezembro de 2024 e interditado no final do mesmo ano. A população sequer chegou a entender para que ele servia. Nas condições atuais, ele não serve para nada, a não ser para enfeiar o ambiente. Agora é a vez do parque aquático municipal, que foi porcamente reformado por uma empresa que levou mais R$ 1,7 milhão na manha.
Outro leitor observou que, em uma cidade com uma faculdade de engenharia civil, um problema dessa natureza, que parece insolúvel aos homens públicos, é um absurdo. Ele chamou a reforma do parque aquático de um roteiro “vergonhoso”, que se arrasta há anos. O mais grave é que tal obra foi acompanhada pelos secretários de Obras e de Esportes dos dois governos anteriores. Como pode? Ou a burocracia dos contratos públicos e a esperteza das empreiteiras para ganhar dinheiro fácil falaram mais alto ou faltou uma postura mais rigorosa dos gestores. O que o leitor escolhe? O dinheiro dos impostos, não há dúvida, entrou pelo cano.
A decisão de Helinho Zanatta de multar a empresa e exigir que ela resolva o problema por definitivo ainda não quer dizer nada. Acha que os secretários anteriores também não fizeram o mesmo? A questão pode estar, sim, na burocracia. Mas é exatamente aí, no enfrentamento da burocracia, que Helinho não pode falhar. As ações para não ser devorado pelo tempo não podem ser somente aparentes, senão o tempo voa e daqui a pouco teremos uma somatória de desculpas, como fez Luciano Almeida para justificar suas falhas. O eleitor não está para esse tipo de piada.