Uma forma de criticar ideias tortas
Bebel perdeu e o Estado de São Paulo ganhou, só ela não sabe disso
Ser comentarista político, como me proponho, exige, antes de tudo, um senso de humor danado e a ciência de estar sempre pisando em terreno movediço. Entre a ideia torta e o erro crasso, existe uma relação magnética de atração absoluta e recíproca. Um costuma levar ao outro e vice-versa.
O Brasil é fértil em criatividade inútil e o brasileiro é facilmente enredado por ideias que poupem o esforço de pensar e de resolver os problemas de fato. Empurrar com a barriga, dar um jeitinho, todos sabemos como isso funciona e preferimos levar assim. A vaca caminha ao brejo passo-a-passo e aplaudimos a desenvoltura do ruminante. Depois, sofremos com a realidade do atoleiro e lamentamos a Deus.
As soluções não costumam ser fáceis. O estudo sério, a formação rigorosa, a dedicação plena, são chaves dessa grandeza que levam a um mundo melhor. Mas para isso é preciso ter envergadura moral. Depender de governo nos leva à miséria. Por isso, o Brasil é miserável. A tese de garantir um governo forte é lulismo, haddadismo e, por que não, no caso específico de Piracicaba, bebelzismo.
As soluções para os problemas sociais raramente nascem no campo da política em terra brasilis. Porque no Brasil os políticos acreditam em estado forte. Mas quem precisa ser forte é a sociedade, é a família, é o indivíduo. Discurso que seja avesso a isso é esquerdismo escravizante. E lá vem o Haddad com seus cortes de gastos que aumentam os gastos do governo. Claro. Ele acredita que o governo tem que ter dinheiro para gastar, para fazer voto e se perpetuar no poder. Ninguém mais acredita no que ele diz.
Haddad é ventríloquo de Lula, aquele molusco gigante que está em Brasília e é o presidente do Brasil. A conduta de Lula é de planta parasita, quanto mais ele cresce, mais nos sentimos asfixiados. Em Piracicaba, temos outro ser político, que só pensa em 2026, defensor da planta parasita e que não tem a menor ideia de que o Estado precisa ser modesto, versátil, prático e eficiente, para dar solução aos problemas que lhes cabem resolver. Pensa que dinheiro nasce em palanque.