Prefeitura está cortando a ‘falsa seringueira’ da praça da Boyes

A Prefeitura está derrubando a “falsa seringueira” da praça da Boyes. A árvore passou por análise técnica da Secretaria do Meio Ambiente (Simap), Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) e Ministério Público, que constataram que a árvore está condenada, propensa a quedas de galhos, e precisa ser retirada, para garantir a segurança das pessoas que circulam pelo local.

Ainda nesta semana, outra falsa seringueira, localizada no Parque do Mirante, também será suprimida, nas mesmas condições, além do fato de estar em “estado crítico”. As duas árvores têm cerca de 15 metros de altura. A empresa Engemaia, terceirizada contratada da Prefeitura, está executando o serviço.

O laudo da Simap indicou que as árvores estão em processo de senescência, ou seja, no fim de seu ciclo natural, com quedas constantes de galhos secos, cascas soltas e ataques de brocas (insetos que se instalam dentro dos troncos e galhos). Por isso, há a conclusão de risco iminente.

O Comdema, em seu parecer, afirmou que “os principais sinais incluem numerosos galhos secos e quebradiços, rachaduras evidentes no tronco, uma reduzida cobertura foliar e um vigor geral extremamente baixo. Estas condições indicam que as árvores estão na fase final de seu ciclo de vida, não mais capazes de se recuperar ou sustentar um crescimento saudável”, sugerindo a remoção completa, incluindo as raízes.

Já o Centro de Apoio à Execução (CAEx), do Ministério Público, apresentou em seu parecer técnico praticamente os mesmos indícios, citando que a falsa seringueira localizada na praça da Boyes “se encontra sem folhas, com a casca solta, com evidências de ataque produzido por cupins e brocas, tanto nas raízes como nos troncos e ramos, que produziram danos graves”, enquanto a mesma espécie no Parque do Mirante apresenta “corpos de frutificação de fungos ao longo do tronco, ramos e raízes, indicando decomposição da matéria orgânica. Portanto, o indivíduo está sem vida e em decomposição”. Em ambos os casos, o MP recomenda a supressão e remoção completa.

A falsa seringueira é considerada uma espécie exótica, já que é originária da Ásia, ou seja, não é nativa da região. Seu ciclo de vida dura entre 30 e 50 anos, mas, pela análise da Simap, os dois indivíduos que serão suprimidos têm cerca de 60 anos. Após as supressões, a Simap fará a compensação ambiental com o plantio de árvores nativas de grande porte.