Piracicaba terá novo serviço de transporte público a partir de segunda-feira (10)

De acordo com a prefeitura, na segunda-feira (10), Piracicaba vai conhecer o novo serviço de transporte público. Vale destacar que o governo Luciano Almeida atravessou quase um mantado (o edital foi publicado no início de dezembro de 2021) para concluir o processo licitatório e dar à empresa Rápido Sumaré a carta autorizando a operação. A empresa foi escolhida porque ofereceu a menor tarifa. O valor estimado do investimento anual é de R$ 110.807.577,08.

Segundo o Departamento de Transportes Públicos da Semuttran, a fase de transição do serviço inclui, entre outras ações, transferência de linhas para a nova empresa, cadastramento do usuário nos novos cartões, contratação de pessoal, implantação do sistema de monitoramento nos ônibus e limpeza e manutenção dos terminais, além da construção de uma sede para a empresa guardar seus ônibus e fazer a manutenção.

Enquanto a garagem não fica pronta, a Rápido Sumaré vai usar a estrutura da empresa TUPi.

Processo gradual

Pelo release da prefeitura, o processo será gradual, uma vez que “a rodagem dos veículos será iniciada somente após as tratativas técnicas e administrativas entre a Semuttran e a Rápido Sumaré, e acontecerá pela linha 444 – Sônia/TCI, seguindo gradativamente com as demais linhas.”

A escolha é pelo fato de a linha 444 ter mais têm veículos e ser a mais demandada pela população. Até que a Rápido Sumaré assuma integralmente as operações do transporte público, o serviço seguirá sendo oferecido pela TUPi Transportes, de forma a não haver interrupções na operacionalidade do sistema.

“A pasta vem trabalhando para melhor atender a população que utiliza o transporte coletivo, monitorando dia a dia as linhas, os terminais e as demandas recebidas. Estamos atentos e sempre buscando oferecer um transporte de qualidade. Esperamos que a nova operação supere as expectativas, principalmente em questão de conforto e segurança do usuário, aumentando a qualidade e o uso transporte público pela população, gerando economia direta e melhorando a mobilidade com redução do uso de outros modais”, disse Jane Franco Oliveira, titular da Semuttran.

Frota

A novidade está no wi-fi (internet sem fio) que todos os ônibus precisam oferecer aos usuários. Os ônibus-tronco (que fazem o percurso de terminal para terminal) serão equipados com ar-condicionado. São eles: 240-Cecap/TCI, 444-Sônia/TCI, 301-Pauliceia/TCI, 801 e 802 – São Jorge/TCI.

Os veículos deverão ter monitoramento por câmeras em seu interior e sistema de rastreamento (GPS) e serão monitorados em tempo real pela Central de Controle Operacional (CCO) da Semuttran. A empresa deve operar tanto as linhas urbanas e rurais quanto o Transporte Especial Elevar, destinado a pessoas que usam cadeira de rodas. Os veículos deverão ter, ainda, idade média de cinco anos e idade máxima de dez anos.

O edital ainda exige que seja fornecido gratuitamente ao público interessado, por meio de aplicativo, serviço de informação que possibilite ao usuário ver os horários previstos atualizados em tempo real de chegada dos ônibus aos pontos de embarque, além do itinerário das linhas.

O modelo dos veículos segue também as normas de controle de poluição do ar (Proconve P8), que reduzem, em média, 75% as emissões de poluentes atmosféricos.

Prefeitura

Questionada se haverá alteração da tarifa paga pelos usuários do sistema de transporte público, com a entrada da nova empresa, a prefeitura deu a seguinte resposta:

“A Semuttran informa que a tarifa do transporte coletivo poderá ser reajustada ou não anualmente, conforme índices inflacionários previsto para equilíbrio do sistema e tais índices estão sendo apurados e em análise pelo Executivo.
“O valor pago pelos usuários de transporte coletivo é definida pela Administração Pública. É importante destacar que a tarifa é o valor cobrado para uso do transporte coletivo, o qual tecnicamente não cobre todo o custo total do sistema, sendo este complementado através de subsidio financeiro. O subsídio se refere à contrapartida dispendida pela Prefeitura, como forma de complementar a arrecadação por meio da tarifa.

“Como o valor arrecadado com a tarifa paga pelos usuários não cobre os custos de remuneração da empresa operadora, a administração complementa esta arrecadação com um montante a mais, denominado ‘subsídio’.”