Julho 2, 2024

Sem estatística e planilhas é mais complicado compreender os fatos na gestão pública

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Farmácias municipais

O número de remédios faltando nas farmácias municipais começa a preocupar a população que precisa desse suporte do poder público para manter tratamentos médicos. Faltam, por exemplo, Clomipramina 25mg, Levotiroxicina, Puran, Cefalexina, Clonazepam, Complexo B. Alguns estão fora das prateleiras há mais de seis meses. A Secretaria de Saúde foi consultada sobre o assunto, mas não teve tempo hábil para responder a esta demanda de informação sobre o que está acontecendo no setor. Ficou para amanhã.

Dengue 1

Há uma tese na saúde pública que relaciona de forma inversa o número de atendimentos médicos na Atenção Básica com o número de atendimentos médicos nas UPAs. Ou seja, quando um sobre, o outro tende a descer. Mas, na prática, em Piracicaba, essa teoria parece que ainda não está funcionando. É preciso entender melhor seus meandros. O fato é que aumentou de 72.758 atendimentos nos postos de saúde em 2023 para 85.670 em 2024. No entanto, as UPAs também tiveram aumento, passando de 218.681 em 2023 para 273.077 em 2024. Tudo indica que a tese foi comprometida com a epidemia avassaladora de dengue. Será?

Dengue 2

Ainda é muito pouco, mas subiu para 678 o número de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos vacinados contra a dengue em Piracicaba. O balanço da secretaria de Saúde se refere ao período do dia 19 a 26 de junho e também à primeira dose do imunizante (a segunda dose deve ser tomada após intervalo de três meses). Além da visão equivocada sobre vacinas, espalhada mundo afora e em Piracicaba, a da dengue tem ainda contra si o fato de ter chegado muito tarde, quando o volume de casos começa a declinar.

Dengue 3

O pico da dengue em Piracicaba, segundo o Ministério da Saúde, continua sendo abril, com 10.131 casos confirmados este ano. Em maio, já caiu para 6.624. Ou seja, o ciclo da dengue continua o mesmo, tendo seu ápice em abril. No entanto, em um nível muito elevado, se comparado ao ano anterior. Em abril de 2023, por exemplo, foram registrados apenas 1.236 casos confirmados, e em maio, 691. Se em janeiro do ano passado o número de casos era praticamente zero, este ano começou com 1.120. Um ano atípico?

Orçamento participativo 1

O tão badalado Orçamento Participativo (OP) parece que entrou em colapso na atual gestão, de Luciano Almeida (PP). Desde os anos 1980, a ferramenta funcionou de alguma forma no município. Com José Machado (PT), as consultas populares tiveram seu apogeu. Com Barjas Negri sofreu ajustes, mas não morreu. Agora, na atual gestão, passados três anos e meio, a participação popular como base para a escolha de projetos sociais minguou de vez. Nasceu em seu lugar uma grande intenção, de criar zeladorias regionais. Mas até o momento a nova ideia ainda está meio cru, tendo como modelo significativo apenas uma, em Artemis, do vereador Josef Borges (PP), partido do prefeito.

Orçamento participativo 2

Essa condição de natimorto do OP tem perturbado seus defensores. Muitos projetos apresentados em conferências de OP, estão sendo reapresentados como projeto do governo ou de grupos de pressão. Não mais da comunidade, como se deu de fato. Afinal de contas, como está o OP? Está certo que na atual gestão não dá para fazer muita coisa, mas terá uma sobrevida? Barjas Negri (PSDB) disse ao Canal Viletim que vai resgatar essa ferramenta de consulta popular e fortalecê-la, caso seja eleito. E Luciano Almeida?

Colaborou Fernando Vieira – Repórter em Ação

Redação

Matéria produzida pela equipe do site Viletim.com.br

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