Professores em greve vão boicotar aplicativos em sala de aula
Boicote acontecerá de 13 a 18 de maio; dia 24 tem nova assembleia
Professores da rede estadual de ensino em greve anunciaram hoje que vão boicotar o uso das plataformas digitais no período de 13 a 19 de maio, em todas as escolas da rede estadual de ensino.
Segundo a Apeoesp, sindicato da categoria no Estado de São Paulo, a decisão foi tomada em assembleia, na tarde de sexta-feira (26), na Praça da República, em frente à Secretaria Estadual da Educação, que reuniu mais de 10 mil professores.
Os grevistas também decidiram realizar uma nova assembleia no próximo dia 24 de maio, para deliberar pela deflagração de uma greve geral da categoria, caso o governo estadual não atenda as reivindicações da categoria. A assembleia acontecerá na avenida Paulista, em frente ao MASP, e terá caminhada até a Secretaria Estadual da Educação.
A segunda presidenta da Apeoesp, a deputada estadual Professora Bebel (PT), diz que a greve contra as plataformas digitais é uma resposta da categoria aos ataques do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do secretário estadual da Educação, Renato Feder, aos professores, ao magistério e à educação pública.
“Exigimos respeito à profissão docente e aos direitos dos estudantes. As tecnologias são instrumento auxiliar do processo educativo e não podem substituir os professores. Portanto, estamos orientando os professores a fortalecer esse movimento em cada escola do nosso Estado. Vamos, todos juntos, dar um sonoro não à opressão das plataformas digitais!”, diz.
Questionada sobre o boicote, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) disse em nota que trabalha as plataformas digitais como recursos tecnológicos agregadores na produção pedagógica desenvolvida em sala de aula. “De maneira alguma, elas substituem o trabalho do professor. Todos os recursos oferecidos pela Seduc-SP têm o objetivo de aprimorar as habilidades dos estudantes e o avanço dos índices educacionais de São Paulo”.