Maio 19, 2024

A situação educacional nas universidades ocidentais está uma calamidade, se o recorte for a área de humanas, em que há o predomínio de pensadores de esquerda nas grades curriculares. O drama não é apenas um privilégio de USP ou Unicamp, portanto. As instituições americanas padecem do mesmo mal, como se tem visto pelo noticiário sobre antissemitismo. Até mesmo a tradicional Columbia, em Nova Iorque, vive esse momento revelador de uma educação fraudada.

Quando fiz mestrado em filosofia da educação na Unimep, participei de um seminário em que vieram alguns alemães para Piracicaba. Curioso, fui tentar entender qual era o assunto que professores e estudantes europeus estavam pesquisando. Fiquei assustado quando obtive as informações sobre o grupo, cujo professor foi um dos mentores intelectuais de Hugo Chaves, na Venezuela. Não preciso dizer mais nada.

Eu sabia que não sairia boa coisa daquele encontro, como não saiu. O que ouvi em todas as apresentações que acompanhei foram clichês e mais clichês esquerdistas. Deformações tristes das reflexões de Theodor Adorno. O nível de simplificação do pensamento e o grau de dogmatismo chegaram a tal ponto que nada mais me era estranho. O que se observa hoje nos movimentos estudantis sem fronteira nada mais é do que reflexo do pensamento desses professores, que dominam o setor. A idiotice está globalizada.

Lembro até aquela história do professor antigo, que tentava exemplificar ao aluno o significado da palavra analogia. “Você observa uma casa, por exemplo, e vê que ela está florida e bem iluminada, por analogia é possível supor que ali viva um casal, que está em paz e feliz. Se houver um aquário, por analogia, isso pode indicar a presença de crianças, porque elas gostam de peixe. Os peixes transmitem essa alegria de viver às famílias”, explica o mestre.

O aluno, filho da geração simplificadora, ouve atentamente a explicação e conclui à sua maneira. O professor, por sua vez, precisava saber se de fato o aluno havia captado o conceito. Ao ser questionado, o aluno inicia sua exposição com uma pergunta. “Na sua casa, o senhor tem aquário?” Não, eu não tenho, responde o mestre, com ar de espanto. A conclusão do rapaz, treinado para ser um idiota, vem fulminante: “Então, por analogia, o senhor não gosta de mulher”.

Evidente que até a piada antiga pode ser mal-entendida pelos idiotas de plantão. Esta é uma conclusão que faço por analogia, em relação ao que se tem visto mundo afora, em universidades dominadas por temáticas como anticolonialismo, ambientalismo e minorias. Uma tríplice aliança explosiva em ambientes onde problemas passados regem o futuro ‘ad infinitum’ e somente ideias erradas prosperam. Onde não há flores e a iluminação é bem baixa. Aquário, então, nem pensar.

Romualdo Cruz Filho

Jornalista e, à moda antiga, leitor de livros de papel

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Follow by Email
YouTube
YouTube
LinkedIn
Share
Instagram
WhatsApp
Tiktok