Em assembleia, professores podem deflagrar greve
Os professores da rede estadual de ensino realizam assembleia estadual nesta sexta-feira (26), às 16 horas, na Praça da República, em frente à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP). A Apeoesp fala em deflagração de greve. O sindicato da categoria alega que “o governo estadual não abriu negociação salarial.”
Com data-base em primeiro de março, na campanha salarial deste ano, os professore reivindicam mais do que valores e condições de trabalho. A pauta ganhou cores políticas e avança para o plano ideológico.
Questionada sobre o movimento dos professores, a Seduc restringiu-se a dizer que está aberta ao diálogo e apoia a livre manifestação em âmbito democrático. “A Pasta tem como objetivo principal a melhoria constante do ensino para todos estudantes e servidores e trabalha continuamente com o reconhecimento e a valorização da atividade docente.”
A Apeoesp reivindica:
- reajuste do piso nacional no salário base,
- 10,5% bloqueados no STF,
- emprego, salário e direitos para a categoria O, estabilidade da categoria F para os professores categoria O,
- pagamento imediato do Adicional de Local de Exercício (ALE),
- fim das plataformas digitais,
- fortalecimento do IAMSPE,
- contra o corte de verbas da educação,
- não às escolas cívico-militares,
- convocação e efetivação de todos os professores aprovados no concurso realizado no ano passado, enfim
O sindicato fala que a rede estadual de ensino tem um déficit de 100 mil professores.
O décimo item da pauta é “a devolução do que foi confiscado dos aposentados e pensionistas, com a reforma da previdência estadual”.
A deputada estadual Professora Bebel, segunda presidenta da Apeoesp, diz que os professores não suportam mais a chamada “plataformização” da gestão na rede estadual de ensino. De acordo com a parlamentar, por meio da Secretaria Escolar Digital, do aplicativo sou.sp.gov.br, do Centro de Mídias e de outros instrumentos digitais, “os burocratas da Secretaria Estadual da Educação vigiam, fiscalizam, direcionam e ameaçam professores para que sigam cegamente a política educacional digitalizada do secretário estadual da Educação, Renato Feder.”