Maio 8, 2024

Cerca de 5% dos professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidem ampliar mobilização pró-greve geral

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Em assembleia promovida pela Apeoesp, em São Paulo, nesta tarde de sexta-feira (26), cerca de 10 mil professores da rede estadual de ensino decidiram ampliar a mobilização em defesa do magistério paulista. A rede conta com 190.838 professores, de acordo com a Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP).

A assembleia foi realizada em frente à Seduc, na Praça da República, e reuniu professores de todas as regiões do Estado. A categoria aprovou calendário visando ampliar o movimento, com visitas a escolas e construção de uma “greve dos aplicativos”, para boicotar o que consideram “a opressão e o assédio moral das plataformas digitais e robotização do processo educativo”.

Uma nova assembleia está marcada para o dia 14 de maio, às 16 horas, no vão do MASP.

A sexta-feira também foi marcada por paralisações nas escolas estaduais de todo Estado e atingiu diversos estabelecimentos de ensino em Piracicaba, com pelo menos cinco escolas tendo paralisação de 100%. Conforme levantamento da Subsede da Apeoesp, a paralisação foi total  nas Escolas Estaduais “Professora Carolina Mendes Thame”, “Felipe Cardoso”, “Professor Jethro Vaz de Toledo”, “Professora Olívia Bianco”, “Barão do Rio Branco”, enquanto que em boa parte delas ocorreu paralisação parcial.

A deputada estadual piracicabana Professora Bebel (PT), segunda presidenta da Apeoesp, que participou da coordenação da assembleia, disse que se sente “muito orgulhosa da minha categoria. Mais de 10 mil professoras e professores estiveram em frente à sede da Secretaria Estadual da Educação e com grande combatividade e muita maturidade, os milhares de participantes analisaram a mobilização que obtivemos nas escolas desde 15 de março, o crescimento do movimento e a perspectiva de que essa mobilização pode se ampliar ainda mais rumo à uma greve realmente forte, representativa e que reflita a vontade de cada professor e de cada professora”, destaca Bebel.

Com data-base em primeiro de março, na campanha salarial deste ano, os professore reivindicam reajuste do piso nacional no salário base e os 10,5%, bloqueados no STF, assim como emprego, salário e direitos para a categoria O, estabilidade da categoria F para os professores categoria O, pagamento imediato do ALE (adicional de local de exercício), fim das plataformas digitais, fortalecimento do IAMSPE.

A pauta avança ainda para questões puramente ideológicas: contra o corte de verbas da educação, não às escolas cívico-militares. E avança para a necessidade de convocação e efetivação de todos os professores aprovados no concurso realizado no ano passado, “uma vez que a rede estadual de ensino tem um déficit de 100 mil professores e a devolução do que foi confiscado dos aposentados e pensionistas, com a reforma da previdência estadual”.

Equipe

Matéria produzida pela equipe do site Viletim.com.br

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