Briga de pesquisas

Hoje (10) a imprensa teve que se virar nos 30 para tentar entender o que está acontecendo com as pesquisas de opinião sobre pré-candidatos a prefeito de Piracicaba. Porque circularam duas delas ao mesmo tempo. Uma feita pela Vox Brasil, que traz Helinho Zanatta (PSD) em segundo lugar. Outra, pelo Instituto Índice, que traz Bebel e Alex de Madureira em segundo lugar, empatados. O que não muda em ambas é a liderança de Barjas Negri.

Parece haver uma briga de pesquisas entre os candidatos a fim de demonstrarem força e competitividade a todo custo, deixando o potencial eleitor, que tenta acompanhar a dinâmica da política local, um tanto quanto confuso. Na semana passada, já havia saído uma pesquisa feita pelo Instituto Paraná que apontava Barjas liderando e trazia uma questão importante: que 66,7% do eleitorado não havia decidido ainda em quem votar. Ou seja, quase 70% dos eleitores de Piracicaba não tinham definido ainda o nome dos seus respectivos candidatos.

E o que aconteceu na pesquisa de hoje, da VOX Brasil? Ela informa que apenas 21,2% optariam pelo voto branco e nulo ou ainda não escolheriam nenhum dos candidatos apresentados. Há entre as duas pesquisas uma diferença exorbitante, como se, de repente, com uma semana de diferença entre uma amostragem e outra, um volume expressivo de pessoas simplesmente decidisse escolher seu candidato, sem que nada de especial na cidade tivesse ocorrido no período. Não faz sentido. Na pesquisa da índice esse percentual é ainda menor, 12%.

Por isso é importante ter claro que os números são ainda bem difusos e não demonstram a realidade do eleitorado. Fazendo jus a Paulo Campos (Podemos), no segundo cenário da pesquisa estimulada da Paraná, ele aparece em segundo lugar, com 11,4% das intenções de voto. Só que, de forma inexplicável, não aparece nesse recorte o nome de Helinho Zanatta. Então fica estranho afirmar qualquer coisa com segurança.

Enfim, é preciso ter calma para que essa guerra de pesquisas não deixe o eleitor ainda mais desconfiado dos políticos do que já está. O que não é nada bom para a política local.